"Não arrumaste a roupa que tiraste... ontem."
Ora toma!
Lembro-me da minha sobrinha recém-nascida, do medo de pegá-la por parecer tão frágil, dos olhos sempre bem abertos, de lhe dar de biberon... Lembro-me também das primeiras palavras, algumas delas só existentes no seu universo, mal articuladas e com as sílabas trocadas... Lembro-me do pânico que ela tinha do mar, porque achava que a espuma das ondas era lixívia, e do medo das moscas, vá se lá saber porquê... Lembro-me de ela me ditar as cartas para o Pai Natal, ainda pequenita, mas convicta do que queria... Lembro-me da alegria de desembrulhar uma prenda.
Agora, catorze anos depois, volto a ser tia.
Nasceu na quarta-feira e, na sexta-feira, vi-o pela primeira vez. Os meus medos, esses já não são os mesmos. Só tinha vontade de estar sempre com ele no colo, de ficar a olhar eternamente para o pequeno rosto e apreciar cada expressão. Embora saiba que não vou poder acompanhar o seu crescimento como acompanhei o da minha sobrinha por causa da distância, e que vê-lo semanalmente já vai ser uma grande sorte, espero nunca vir a ter a ideia de não o conhecer. Quero saber do que gosta, do que não gosta, do que o assusta, do que o faz feliz...
Quero ir ver Metallica.Quero ir ver Metallica. Quero ir ver Metallica. Quero ir ver Metallica. Quero ir ver Metallica. Quero ir ver Metallica. Quero ir ver Metallica. Quero ir ver Metallica. Quero ir ver Metallica. Quero ir ver Metallica. Quero ir ver Metallica. Quero ir ver Metallica. Quero ir ver Metallica. Quero ir ver Metallica. Quero ir ver Metallica. Quero ir ver Metallica.